E fez-se então, a hora da Paz
os povos calaram-se simultaneamente
e ouviram a voz das águas das montanhas,
da natureza, dos animais, e nada mais
o ar soprou forte, fazendo folhas rodopiarem,
Ninguém agiu nem falou, ninguém se moveu
e então, a humanidade entrou na imensidão do silêncio
e vivenciou a mais perfeita paz.
Naquela hora
nenhuma arma foi accionada , nenhuma máquina foi ligada
Nenhuma agressão foi cometida, nenhuma sirene soou, nenhum alarme disparou.
Apenas funcionava o que da vida cuidava.
E, pela primeira vez
a humanidade conheceu a paz.
Minutos antes de terminar, todos estavam armados com uma pequena semente
que ao soar o sinal programado, foram lançadas à terra.
Em todo o mundo a paz foi semeada.
Na Terra e no coração de cada um.
O sábio que profetizou a hora da paz, proclamou à humanidade:
E uma linguagem há-de vir,
há-de vir para ficar,
que traduz UNIÃO, JUSTIÇA, e IGUALDADE
é a linguagem da paz .
Uma nova linguagem há-de vir,
há-de vir para pacificar
que traduz a FÉ, a ESPERANÇA, o AMOR.
A linguagem da paz será falada, sentida, cantada
de norte a sul, de leste a oeste em todo o planeta terrestre
ecoará pelos confins da alma e se expandirá pelo imenso universo.
É a linguagem da paz que todos conhecerão,
que virá de dentro de cada ser para promover a união
até que um só povo
de mãos dadas dançará entoando a mais bela canção
todos a uma só voz
UNIDOS EM NOME DA PAZ.
Calar sobre a sua própria pessoa, é humildade.
Calar sobre os defeitos dos outros, é caridade.
Calar quando estamos sofrendo, é heroísmo.
Calar diante do sofrimento alheio, é cobardia.
Calar diante da injustiça, é fraqueza.
Calar quando o outro está falando, é delicadeza.
Calar quando o outro espera uma palavra, é omissão.
Calar e não falar palavras inúteis, é penitência.
Calar quando não há necessidade de falar, é prudência.
Calar quando DEUS nos fala no coração, é silêncio.
Calar, diante do mistério que não entendemos, é sabedoria.
Um jovem muito rico foi ter com um sábio e pediu-lhe um conselho para orientar a sua vida. O sábio conduziu-o até à janela e perguntou-lhe:
- O que vês através dos vidros?
- Vejo homens que vão e veêm e um cego pedindo esmola na rua.
O sábio, então, mostrou-lhe um grande espelho e novamente o interrogou:
- Olha neste espelho e diz-me agora o que vês.
- Vejo a mim mesmo, - respondeu o jovem.
-E já não vês os outros,- disse o sábio. Repara que a janela e o espelho são feitos da mesma matéria-prima, o vidro; mas no espelho, porque há uma fina camada de prata colada no vidro, não vês nele mais do que a tua pessoa.
Deves comparar-te a estas duas espécies de vidro: pobre, vias os outros e tinhas compaixão por eles; coberto de prata e rico, apenas consegues ver a ti mesmo.