Às vezes nos deixamos prender por laços invisíveis...
Há prisões em que lançamos a nossa alma,
Malgrado nossa intenção premente
Por um pouco de liberdade.
Às vezes nos deixamos atar por laços bem visíveis
Há liames poderosos a nos envolver
Em cujas amarras nos apegamos
Na esperança de sobreviver.
Às vezes relutamos em abandonar laços
Pela insegurança, pelo desejo de pertencer
É difícil perceber que o segredo das amarras
Está no nosso medo de perder.
Quando estivermos prontos para elos
Singelos
Quando estivermos aptos para a sós
Sem nós
Abrimos as asas para o infinito
Tudo será mais bonito
Seguro
E os laços, como nas fitas
Semi-soltos
Suaves
Serão prenúncio de liberdade
Em laços
Capazes de gerar saudades
Sem gosto de prisão.