Domingo, 5 de Fevereiro de 2012
MIGALHAS


Podes guardar o pão
para muitos dias,
ainda que o excesso de tua casa
signifique ausência do essencial
entre os próprios vizinhos;

Todavia, quanto puderes,
alonga a migalha de alimento
aos que fitam debalde
o fogão sem lume.

Podes conservar armários
repletos de veste inútil,
ainda que a traça
concorra contigo à posse
do pano devido
aos que se cobrem
de andrajos;

No entanto, sempre que possas,
cede a migalha de roupa
ao companheiro que sente frio.

Podes trazer bolsa farta,
ainda que o dinheiro supérfluo
te imponha problemas e inquietações;

Contudo, quanto puderes,
oferece a migalha de recurso
aos irmãos em necessidade.

Podes trazer bolsa farta,
ainda que o dinheiro supérfluo
te imponha problemas e inquietações;

Podes alinhar perfumes e adornos
para uso à vontade, ainda que pagues caro
a hora do abuso;

Mas, sempre que possas,
estende a migalha de remédio
aos doentes em abandono.

Um dia,
que será certo em tua vida,
deixarás pratos cheios
e móveis abarrotados,
cofres e enfeites,
para a travessia
do novo caminho...

... Entretanto,
não caminharás perdido
na noite sem estrelas
porque as migalhas de amor
que tiveres distribuído
estarão multiplicadas
como bênçãos
e tochas de luz
em tuas mãos.



Semeado por saozinhasimoes às 18:12
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Sábado, 1 de Janeiro de 2011
FELIZ ANO NOVO



Semeado por saozinhasimoes às 21:32
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Domingo, 11 de Julho de 2010
LIBERDADE



Semeado por saozinhasimoes às 17:29
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Domingo, 11 de Outubro de 2009
VIVA A PAZ

 

 

 
Era uma vez uma pequena cidade chamada Fraterna. Lá vivia o garoto Teo. Certa manhã, Teo despertou cedinho gritando para toda a gente  ouvir, que havia tido um sonho e que descobrira qual a solução para os problemas dos homens. Dizia ele que os problemas existiam porque os homens eram nervosos e assim não conseguiam resolver as questões mais comuns. A solução de todos os conflitos dependeria da calma dos homens.


E para que os homens tivessem calma, a fórmula era bem simples. E com Teo ela sempre funcionava.


Era assim: sempre que se exaltava um pouco ou ficava nervoso e irritado, olhava para o céu e fitava todo aquele azul (azul claro, é claro!) e logo a sua paz voltava.


Daquela manhã em diante procurou convencer todos de que, se tudo fosse pintado de azul (azul claro, é claro!), os homens não mais brigariam, pois estariam sempre tranquilos.


E para implantar a sua ideia por toda a terra habitada, resolveu escrever uma carta para cada chefe das nações mais "importantes".


Pensava Teo que se eles aceitassem seu plano de pintar tudo de azul ( azul claro, é claro!), todos os outros
países iriam seguir o exemplo.
E a Paz no mundo certamente voltará!·
E enviou as cartas.

Esperou por uma resposta às suas cartas... e nada. Pensou então em escrever ao Presidente do seu país. Escreveu, portanto, uma nova a carta, recomendando que fosse feita uma lei, determinando que tudo no seu país fosse pintado de azul( azul claro, é claro!).

Nosso país será exemplo para os países mais "importantes" do mundo e eles serão exemplo para todo o mundo.


A Paz reinará na Terra afinal.

Teo esperou, esperou e... nada de resposta à sua carta. Pensou então que o estado onde vivia, poderia servir de exemplo ao país e escreveu então uma carta ao Governador com a sua fórmula de Paz. Teo esperou, esperou, esperou e... nada de resposta à sua carta.


Pensou ainda: talvez seja mais fácil convencer o Presidente da nossa cidade.


E escreveu assim uma última carta recomendando que tudo fosse pintado de azul (azul claro, é claro!)


Teo esperou, esperou, esperou e ... nada de resposta à sua carta. Desanimado por ninguém dar atenção a um assunto tão importante como a Paz no mundo, Teo sentou-se à sombra de uma frondosa árvore defronte da sua casa, abaixou a cabeça e começou a chorar.


Chorou tanto que adormeceu ali.


Quando acordou, Teo olhou para sua casa do outro lado da rua. Que surpresa! Por incrível que pareça, só agora percebera, que ela era amarela! E já bem desbotada.


Levantou-se num pulo e gritou: "Isto depende de mim, de mais ninguém! Ela vai ser azul (azul claro, é claro!)


E Teo pintou e pintou. Dentro de pouco tempo a casinha já não era a mesma, parecia outra.


Estava renovada, linda. Estava toda Azul.


Teo havia feito aquilo que dizia para os outros fazerem.


Ele estava feliz consigo mesmo.


Tinha dado início ao plano de tornar o mundo todo azul (azul claro, é claro). Sem que ninguém desse conta e sem que Teo percebesse, ele estava interferindo de uma forma muito positiva no mundo todo.


Sim, pois todos que por ali passavam paravam, olhavam e se admiravam com a beleza da casa. E se passassem sisudos, irritados, dali partiam sorrindo. E muitas e muitas pessoas gostaram tanto daquela cor, que também pintaram suas casas.


Teo percebeu, afinal, que o mundo seria melhor se cada um fizesse tudo o que estivesse ao seu alcance fazer para viver em Paz, sem nenhuma imposição, lei ou ordem de governos.


Se todos dessem a sua contribuição, espalhasse o seu azul, tudo ficaria em Paz. Sua ideia, sem demora, pelo mundo se espalhou e se tornou tão real, que quando os astronautas vão para a lua, e de lá olham para Terra, atestam que o que se vê é uma linda esfera azul (azul claro, é claro!).

Azul da cor do céu.

Azul da cor da Paz.

Um azul, azul.

Azul claro, é claro!

Se também sonha com um mundo melhor, onde as pessoas vivam em harmonia, onde o equilíbrio não seja só uma palavra, mas uma acção, então faça a sua parte. Leve a Paz  dentro de si, onde quer que vá.

E que todos os seus dias sejam de Paz.

 



Semeado por saozinhasimoes às 17:57
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Sábado, 30 de Maio de 2009
AS BANANAS

Um amigo do viajante resolveu passar algumas semanas num mosteiro do Nepal.
Certa tarde, entrou num dos muitos templos do mosteiro, e encontrou um monge, sorrindo, sentado no altar.

- Por que o senhor sorri? Perguntou ao monge.
- Porque entendo o significado das bananas, disse o monge, abrindo a bolsa que carregava, e tirando uma banana podre de dentro.

- Esta é a vida que passou e não foi aproveitada no momento certo, agora é tarde demais.
Em seguida, tirou da bolsa uma banana ainda verde. Mostrou-a e tornou a guardá-la.

- Esta é a vida que ainda não aconteceu, é preciso esperar o momento certo, disse.

Finalmente, tirou uma banana madura, descascou-a, e dividiu-a com o meu amigo, dizendo:

- Este é o momento presente. Saiba vivê-lo sem medo.

 



Semeado por saozinhasimoes às 01:53
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